São os detalhes que fazem a gente amar o outro por inteiro. Uma pinta ao lado da boca ou um jeito engraçado de andar: pronto, a bem-querença se faz nessa espécie de segredo que se descortina e faz do outro uma nectarina no meio das laranjas.
Meu pai é um ser cheio de detalhes. Na minha adolescência, ele vivia assobiando músicas totalmente desconhecidas. Mas tinha aquela enigmática, que ele assobiava a melodia e depois cantava o verso. Apenas um verso. Não tinha início, não tinha fim, só um verso: “Se um dia, meu coração for consultado”.
Numa roda de samba, anos mais tarde, escutei aquele verso no meio de outros tantos. Senti meu coração apressado, todo o meu corpo tomado: foi um rio que passou em minha vida.
O rio-assobio do meu pai existia e era caudaloso.
Sim, meu coração tem mania de amor.
Caraca, que coisa linda!
acompanho teus passos ;)
Ju: querida e poeta excelente.
Obrigada por acompanhar passos tão perdidos! :)
lindo.
Meu, vc escreve que nem um assomo. Dá gosto, sabia?
Daud, querido! De verdade, fiquei muito contente com o que disse.
Opiniões como a sua valem muito!
Li, meus comentários estão repetitivos, mas, que lindo!
:o)
Beijos!
brigada, Helô!
é divertido brincar disso aqui, né? nem imaginava. :)
:)
<3